O monte Oku
junho 3, 2011 § Deixe um comentário
No dia 20 de maio comemora-se a independência da República dos Camarões com grande fausto. Há desfiles em quase todas as cidades do país, numa unidade impressionante e aparentemente espontânea. Em Yaoundé, uma longa parada militar reúne as autoridades, que devem chegar cedo antes que as ruas sejam fechadas para a circulação exclusiva do presidente.
Sabendo disso, no final de semana passado, nos antecipamos e saímos um dia antes em direção à região anglófona dos Camarões, para subir o monte Oku (nome sugestivo), considerado o segundo mais alto do país, com seus 3010 metros de altitude. Viagem longa, com escalas em Bangagnté, ainda no oeste, para dormir, por Bamenda, a grande capital anglófona, sede da oposição ao governo, por Bafut, centro de um importante reino, antes de chegar no que se convencionou chamar aqui de Ring Road, estrada circular quase impraticável mesmo em 4×4, porém de surpreendentes paisagens. Lá rumamos a Kumbo, levados pela indicação que tínhamos de que era melhor subir o monte cedo para evitar tempestades e que o tempo da caminhada era estimado em 7 horas e meia. No mesmo guia, aliás, dizia-se que a caminhada na floresta era de apenas 1 hora (na verdade durou 2 horas, embora a subida e a descida pudessem ser feitas tranquilamente em 5).
Bom. Com a malária de Livia, deixamos nossos amigos subirem na frente para encontrá-los 3 horas depois no topo dessa paisagem rural, com suas cabras e pastores. Na descida, enormes plantações de milho, feijão e batata e um retorno a Bamenda por uma das estradas mais interessantes que vimos até agora, onde nosso amigo Taric (na foto) se detém para fotografar a chuva iminente.
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